sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Um "agradecimento a alguém" ligado a uma autarquia desta região:

A foto em cima foi publicada neste blog em 2010, no artigo "O Moinho Gandarez dos Morros foi restaurado! (Clicar para ver o artigo).
A foto também aparece neste vídeo que fiz em 2011, sobre os Moinhos de Vento Gandareses, aos 2:03.

Em 2015, descobri por mero acaso que esta foto foi utilizada (com muita edição digital), por alguém ligado a uma autarquia desta região (alguém cuja identidade desconheço), nos cartazes de divulgação feitos para as edições de 2014 e 2015 de um evento desportivo organizado por essa autarquia. Trata-se de um evento desportivo já com alguma dimensão, que reúne centenas de participantes inscritos.

O meu "agradecimento" a alguém cuja identidade desconheço é feito pelo facto de não terem sequer mencionado uma única vez a autoria da foto, mesmo depois de eu ter feito algumas chamadas de atenção no Facebook da organização do evento, em 2015.

Apenas faço este post em 2016 porque aguardei um ano para verificar se a foto continuaria a ser utilizada em 2016, mas a organização não a utilizou na divulgação da edição do evento deste ano.

Opto por não mencionar a identidade dessa autarquia porque não tenho nada contra ela, nem contra os habitantes locais, apenas não gostei da atitude de alguma ou algumas pessoas relacionadas com essa autarquia, pessoas cuja identidade eu desconheço.


Tudo começou em 2015, quando descobri por acaso uma foto num cartaz que me pareceu familiar. Depois de verificar que era mesmo a minha foto, mas com bastante edição digital em cima, fiz uma chamada de atenção no Facebook da organização:
Como não tive resposta, ao fim de alguns dias apaguei a minha mensagem. Entretanto, pesquisando mais um pouco, descobri que a imagem também tinha sido utilizada no cartaz de 2014.

Coloquei nova chamada de atenção no Facebook, que desta vez teve resposta:
(Uma vez que se tratam de mensagens públicas que estiveram online, visíveis para qualquer pessoa, durante dezenas de minutos, penso que não cometo nenhum ilícito em as revelar.)


Este diálogo foi apagado por alguém, umas dezenas de minutos depois da minha última mensagem.
Voltei a colocar nova mensagem, também com resposta:


Este diálogo voltou a ser apagado por alguém, umas dezenas de minutos depois da minha última mensagem.
Para concluir, volto a frisar que não tenho nada contra esta autarquia local (cuja identidade optei por não mencionar), nem contra os habitantes locais, mas apenas não gostei da atitude de alguém cuja identidade desconheço, ligado a essa autarquia.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Um Esquilo-vermelho:

Durante a longa caminhada que fiz em Abril de 2016 (já referida nos dois artigos anteriores), andei por aquela que será provavelmente a área mais deserta da região em termos humanos, onde não existe uma única casa habitada num raio de vários quilómetros e onde é possível andar várias horas seguidas a caminhar sem ver outra pessoa.

E ao percorrer um caminho florestal de areia solta, numa zona localizada aproximadamente a uns 5 quilómetros a Sul da Praia da Tocha e a uns 500 metros a Este do mar, apanhei um pequeno susto. Um bicho desconhecido que se encontrava no chão da floresta, a uns dois metros de mim, sem que eu o tivesse visto, de repente começou a correr, fazendo barulho nos arbustos e folhas secas do solo. Inicialmente, durante umas fracções de segundo, pensei que fosse um coelho ou lebre, mas para minha surpresa o tal animal trepou por um pinheiro acima.

Aí compreendi que se tratava de um esquilo, mas continuei admirado, porque pensava que não existiam esquilos na Gândara. E este foi o primeiro que vi ao vivo na minha vida. Tirei algumas fotos que aqui publico, de baixíssima qualidade, pois apenas trazia comigo uma máquina fotográfica antiga e quase sem zoom.

À noite, já em casa, fui pesquisar um pouco sobre este animal. Concluí que se tratava de um Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris), uma espécie que estará de regresso a Portugal (e à Gândara), após séculos de ausência.

O Esquilo-vermelho foi outrora uma espécie bastante comum em Portugal, mas desapareceu completamente do nosso país por volta do século XVI. Uma das causas apontadas para esse desaparecimento foi a nossa Epopeia dos Descobrimentos, em que muitas florestas foram deitadas abaixo para obter madeiras para a construção naval das Caravelas, Naus, Galeões ou Carracas com que os nossos antepassados percorreram os mares do globo, privando assim a espécie dos seus habitats.

Contudo, por volta dos anos 80-90 do século XX, o Esquilo-vermelho começou a repovoar o Norte de Portugal, deslocando-se a partir da vizinha região da Galiza, em Espanha. Desde então tem avançado lentamente para Sul, estando actualmente identificado na zona do rio Tejo. Esta espécie terá assim chegado à Gândara há poucos anos.

Esta espécie está a ser estudada por uma bióloga, que mantém uma página no Facebook dedicada ao Esquilo-vermelho em Portugal, onde o leitor poderá comunicar as suas observações deste animal (tal como eu fiz), obter mais informações ou ver algumas fotos e vídeos de belo efeito:

Para quem quiser saber mais, poderá consultar estes links:

A Red Squirrel:

As i said before, in the last two posts, i made a long hike in April of 2016, in the coastal forest and also in the desert beaches of this region. This is the most isolated area of this region, without a single inhabited house in a radius of several kilometers. In this area, it is possible to walk a few hours without seeing other human being.

During this hike, i was walking in a sandy trail when something scared me during a second. For my surprise, some animal who was near me (but unseen by me), started to run. First i thought is was a rabbit. But the animal climbed to a pinetree.

Then i realized it was a squirrel. This was the first squirrel i saw in the nature. I took a few bad pictures, as i only had with me an old camera,  without zoom.

At night, at home, i searched the web about this animal. It was a red squirrel (Sciurus vulgaris). This animal was very common in Portugal a few centuries ago, but became extinct during the XVI th century. One of the reasons appointed to this extinction was the Portuguese Age of Discoveries, when most forests in the country were cut to get wood for naval construction.

But, during the last two or three decades, the red squirrel started to slowly recolonise Portugal, traveling north to south, from the region of Galicia, in Spain. This species must have arrived to this region only a few years ago. And this was the first time i saw one, to my surprise!





Localização / Location: